Quinta-feira (20) é comemorado o Dia da Consciência Negra, data que marca a morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Ele é um dos maiores símbolos da resistência contra a escravidão e líder do Quilombo dos Palmares, uma das comunidades autônomas mais importantes formadas por pessoas negras escravizadas que fugiam dos engenhos.
Trata-se de uma data de grande importância, que não representa apenas uma homenagem histórica, mas também um momento de reflexão sobre o racismo, de valorização da cultura afro-brasileira e de debate sobre desigualdades.
Por que dia 20 de novembro?
Antes, a data mais lembrada era 13 de maio, referente à Abolição da Escravatura. No entanto, movimentos negros passaram a defender o dia 20 de novembro por carregar um sentido político mais forte. A data destaca a resistência — e não apenas a libertação formal —, valoriza lideranças negras apagadas da história oficial e conecta o passado ao presente das lutas sociais.
Algumas curiosidades sobre a data
Palmares foi o maior quilombo da história do Brasil, tendo existido por quase 100 anos, um feito impressionante diante da perseguição constante. Chegou a reunir entre 20 e 30 mil pessoas, incluindo negros fugidos e indígenas.
Zumbi nasceu livre no quilombo, mas foi capturado ainda criança e criado por padres. Aprendeu português e latim, conhecimento que o ajudou a se tornar uma liderança estratégica.
Por que essa data é politicamente importante?
O Dia da Consciência Negra reforça a memória da resistência, e não apenas da libertação. Destaca, também, o fato de que o Brasil foi o último país do Ocidente a abolir a escravidão, em 1888. Mais do que relembrar a história, a data destaca a luta por um país em que a igualdade seja concreta, e não apenas uma promessa.
O Crea-DF reafirma seu compromisso com a diversidade e apoia o Dia da Consciência Negra como um marco de reflexão e valorização da contribuição da população negra para o Brasil.
Catarina Angelini




